domingo, 29 de julho de 2012

Never Had A Love - 4º Capítulo.

Acordei as 6 e meia da manhã com o barulho do celular caindo do criado-mudo para o chão, meio que me desesperei pois era o primeiro tombo dele e eu ainda não tinha comprado uma capinha para protegê-lo. Eu tinha uma ligação perdida e era de um número desconhecido, mas quem diabos quer falar comigo há essa hora?
A essas alturas eu já tinha perdido completamente o sono, até cogitei de ligar para aquele número de volta, mas achei melhor não, quem quer que fosse iria ligar novamente.
No meu quarto não tinha televisão, então peguei meu cobertor, meu celular e me instalei no sofá da sala, onde passei vários canais até um me chamar atenção, na Disney, estava dando Camp Rock 2 e adivinhem a cena? A do beijo entre eu e Joe. E sinceramente? Já estou desistindo de tentar esquecê-lo por que tudo o que eu vejo na minha frente é relacionado a ele, as pessoas, as coisas, a televisão. Logo a raiva me subiu a cabeça e comecei involuntariamente a dar socos no sofá e chorar. Chorar, isso mesmo. Agarrei a almofada e me virei contra a televisão chorando enquanto escutava This Is Our Song, sabe quando bate aquela saudade do passado? Por mais que eu tenha tido momentos muito ruins, eu vivi muitos momentos maravilhosos ao lado dos meus Bros, e eu os queria aqui do meu lado agora, participando da minha vida e ajudando a superar os meus problemas, por que tudo isso é uma batalha diária para mim, e só de pensar que eu joguei toda a minha amizade incrível com eles por causa de um namoro idiota. Eu sinceramente acho que nunca amei Joe de verdade a não ser como melhor amigo, e no máximo o que eu senti por ele foi uma quedinha, mas eu não sei, por que tem de ser tão confuso?
Depois de alguns minutos em silêncio, pensando, é como se letras de músicas fluíssem do nada, mas não iria desperdiçá-las, daria uma ótima música. Imediatamente pulei sobre a bancada da cozinha e peguei um bloco de anotações onde comecei a escrever.

Think you made your greatest mistake (Acho que você cometeu seu maior erro)
I'm not gonna call this a break (Eu não vou chamar isso de um tempo)
Think you really blew it this time (Acho que você realmente estragou tudo dessa vez)
Think you could walk on such a thin line (Acho que você pode andar em cima de uma linha tão fina)
Won't be taking your midnight calls (Não vou atender nenhuma daquelas ligações à meia-noite)
Ignore the rocks you throw at my wall (Ignoro as pedras que você esta jogando em minha janela)
I see it written on your face (Eu vejo escrito em seu rosto)
You know you made it, your greatest mistake (Você sabe que você cometeu o seu maior erro)

Dianna – Filha? – Alguém me balançava. – Filha? Acorda! – Fui abrindo os olhos e notei que tinha adormecido sentada na bancada em cima do bloco de anotações.
Demi – Wow! – Cossei os olhos. – Que horas são hein? – Disse me levantando da bancada e me espreguiçando.
Dianna – É uma hora da tarde! – Ela aparentava estar brava. – Meio que te esperei para o almoço, mas fiquei preocupada e vim ver como você estava e te vejo aqui com a cara enfiada num bloco de anotações. – Ela recolhia o cobertor jogado pelo sofá. – Só uma perguntinha Demetria, você dormiu?
Demi – É óbvio que sim! – Disse no caminho ao banheiro. – Só acordei cedo de mais e me bateu vontade de compor, qual o problema mãe?
Dianna – Você ainda não almoçou, esse é o problema! – Eu escovava os dentes enquanto a ouvia. – Te espero lá em casa mocinha, e rápido!
Demi – Tá bom! – Resmunguei.

Fiz minha higiene matinal e coloquei uma roupa casual, e em menos de meia hora eu já estava na casa de meus pais. Não havia ninguém na cozinha e nem na sala, então subi as escadas para checar nos quartos. Abri a porta do quarto de Madison e não tinha ninguém, por um minuto eu esqueci que ela vai à escola, abri a porta do quarto de Dallas e para minha surpresa ela estava em casa, coisa que quase nunca acontece.

Demi – Finalmente você está em casa! – Ela estava apoiada na sacada mexendo no celular, e quando me ouviu deu um pulo, ops!
Dallas – Sua vadiiiia! – Ela disse com a mão no peito. – Me deu um susto!
Demi – Nossa, desculpa! O que anda aprontando? E cadê as pessoas dessa casa?
Dallas – Eu vou saber, já procurou nos quartos, banheiros? – Ela disse voltando a se concentrar no celular.
Demi – Não, vou procurar. – Disse saindo do quarto dela, mas dando um ultimo recado. – Olha o vício nessa coisa, que feio Dallas!
Dallas – Sai Demi! – Ela jogou um travesseiro que acabou batendo na porta, fui mais rápida, HÁ!

Fui até o quarto de meus pais, onde bati na porta.

Demi – Alguém?
Dianna – Oi filha, pode entrar! – Fui entrando no quarto quando me deparo com mamãe arrumando a gravata de Eddie.
Demi – Uau! Tá bonito, pai! Aonde vai com todo esse swag?
Eddie – Alguém tem que trabalhar, não é? – Ele sorriu de canto. – E por falar nisso eu já vou indo, está na minha hora. – Ele deu um beijo na mamãe e veio até mim.
Demi – Tchau pai, te vejo mais tarde? – Ele beijou o topo de minha cabeça.
Eddie – Claro! – Ele saiu, deixando eu e minha mãe sozinhas no quarto.
Dianna – Então vamos mocinha, você deve estar com fome! – Íamos saindo do quarto quando me lembrei de uma coisa que queria muito perguntar a alguns dias.
Demi – Mãe! – A puxei pelo braço. – Cadê a Brinna? Faz uns dias que não a vejo!
Dianna – Eu a liberei para fazer outros serviços, pois aqui em casa não estamos necessitando no momento.
Demi – Ah, ok.
Dianna – Anda logo tartaruga! – Poxa mãe, tartaruga?

Desci as escadas com minha mãe e almocei enquanto ela me acompanhava e conversava comigo.

Demi – Então, quando vamos visitar o resto da família em Dallas? – Disse levando o prato e o copo até a pia. – Sinto saudades de lá!
Dianna – Não sei, podemos pensar em ir na sexta e passarmos o final de semana, o que você acha?
Demi – Eu acho ótimo! – Disse enquanto terminava de lavar o copo e o prato, ficamos um tempo em silêncio. – Sabe mãe, pensei de na próxima semana eu começar a “retomar” a minha vida de antigamente.
Dianna – Você tem certeza?
Demi – Talvez... – Fui interrompida pelo celular que começara a tocar. – Ah, um minutinho mãe!

Demi – Alô? Hanna?
Hanna – Oi Demiiii! – Ela falou, toda animada.
Demi – Como você tá?
Hanna – Estou ótima, e ansiosa para te ver novamente!
Demi – Ah, eu também!
Hanna – O que acha de te pegar aí na sua casa as 4 da tarde? – Olhei para o relógio e eram 3 e meia.
Demi – Pode ser as 4 e meia? – Perguntei meio sem jeito.
Hanna – Perfeito gata! – Eu ri do que ela me chamou.
Demi – Vou começar a me arrumar então, me de um toque quando chegar aqui ok?
Hanna – Ok! Até mais!
Demi – Até!

Dianna – Programas para essa tarde?
Demi – Aham! Vou sair com Hanna!
Dianna – Hanna Beth, Demi? – Ela me olhou torto. – Sabe que eu não gosto dessa menina, mas fazer o que, se cuida moça!
Demi – Ahhh mãe! – Resmunguei. – Pode deixar, vou começar a me arrumar,  depois a gente se vê!
Dianna – Tudo bem! E vê se não se esquece de arrumar aquela sua casa, está um chiqueiro! – Resmunguei novamente um “tá bom” para ela da porta.

Fui para casa onde primeiramente arrumei as coisas por lá, realmente estava um chiqueiro, roupas minhas para tudo quanto é lado, organizei as coisas por ali e entrei no banho para depois começar a me arrumar, iria usar esta tarde minha ankle boot preferida de salto alto, uma meia calça rasgada com minha saia rodada preta e uma camiseta de banda bem estampada, e levaria junto minha jaqueta preta.
Sai do banho, me arrumei e olhei no relógio, eram 4 e 22. Logo, logo Hanna já estaria aqui, e enquanto isso eu liguei a televisão onde passava X Factor em um dos canais. Vendo, eu fiquei maravilhada, deve ser um máximo participar do time dos jurados de um desses programas, fiquei ali assistindo ao programa até que recebo uma nova mensagem de Hanna, dizendo que já estava a minha espera. Peguei minha jaqueta, documentos e celular e parti ao encontro com ela.

Hanna – Deeeeeemiiiiiiiii! – Ela gritou e eu apenas sorri. – Meu Deus que saudade! – Ela me sufocou com um abraço.
Demi – Também senti saudades sua maluca!

Hanna e eu passamos a tarde toda fazendo compras em nossas lojas preferidas, e adivinha? Fiz minha segunda tatuagem, Stay (Fique) e Strong (Forte) nos pulsos, em homenagem aos meus fãs que me ajudaram e me ajudam tanto a ficar forte, essa tatuagem fiz para me lembrar de que eles estão comigo sempre e de acordo com meus pais, são palavras que eles usaram enquanto estive na reabilitação, então, significa muito para mim. E para fazer essa tatuagem foi a maior complicação pois imaginem o drama que minha mãe fez para me deixar tatuar, porém ela acabou cedendo. Estou tão feliz, meu dia foi tão divertido, agora já eram 8 horas e meia da noite e eu estava chegando em casa.

Demi – Boa noite Hanna, a gente se fala ok, não se esqueça de mim! – Estava me despedindo dela.
Hanna – Nunca Demi! Boa noite! – Fechei a porta do carro e a observei ir embora, logo abri a porta da casa dos meus pais, e estavam todos reunidos na sala vendo televisão.
Demi – Opa! – Disse fechando a porta de casa. – Olá!
Maddie – Demi! Demi! Demi! – Ela correu até mim e me abraçou.
Demi – Oi pequena! – Dei um beijo em sua bochecha.
Dallas – E essa tattoo nova? Fiquei sabendo e quero ver, AGORA! – Ela falou pausadamente e eu ri, mostrando meus pulsos a ela. – Que LINDO! Meu Deus ficou lindo mesmo! – Todos vieram até mim para olhar.
Eddie – Ficou bonito mesmo! – Fiquei surpresa pois achei que iria levar um xingão dele, já que ele odeia tatuagens e coisas desse tipo.
Dianna – Ficou perfeito filha!
Demi – Obrigada! – Olhei para todos com a feição mais fofa que consegui fazer. – O que ficaram fazendo em minha ausência? – Disse indo em direção a cozinha sendo acompanhada de minha mãe, eu estava morrendo de fome.
Maddie – Depois que cheguei da escola eu fiquei vendo filme com a Dallas! – Ela disse sorrindo, coisa fofa.
Demi – Interessante... – Eu estava analisando a geladeira.
Dianna – Imagino que deve estar com fome, aliás, já são 9 da noite.
Demi – Pois é, e não tomei café da tarde!
Dianna – O que você quer?
Demi – Pode ser... – Pensei um pouco. – PÃO COM OVO?
Dianna – Ai Demi, você e essas tuas manias! Mas ok, eu faço!

Fiquei assistindo televisão e ao mesmo tempo conversando com Maddie, Dallas e Eddie até meu pão com ovo ficar pronto.
Depois de pronto, comi junto com Maddie na mesa, que comeu miojo de carne, logo depois fui para minha casa onde pus meu pijama e fiquei no meu quarto mexendo no notebook até o sono vir, resumindo, dormi a meia noite e meia. (Não esqueça de marcar se você leu este post!)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Never Had A Love - 3º Capítulo.

XxXx – Que foi? Minha presença é tão desagradável assim? – Disse Miley com um sorriso travesso nos lábios.
Demi – Não é que... Ah, vem cá me dar um abraço! – Abri os braços e Miley veio em minha direção, e sim, eu disse Miley. Definitivamente, uma de minhas melhores amigas, sempre tão preocupada comigo, estava radiante pelo fato dela ter se preocupado em vir me ver, que quando me dei por conta Miley já cumprimentava Maddie que acabara de chegar de sua aula de balé.
Miley – Isso Maddie! Mostre que você é uma mocinha bem comportada e que cumprimenta seus amigos. – Oi? Isso foi uma indireta? Meu Deus que saudades de Miley, desse jeito palhaça dela!
Demi – Miley cala a boca! – Abracei Maddie que subiu para seu quarto. – Eu só estou muito surpresa em vê-la, horas atrás estava pensando em te ligar e chego aqui e vejo você, eu estou em choque ainda.
Miley – Sem drama Demetria! – Ela disse se sentando no sofá. – Agora estou aqui e é isso que importa, estou simplesmente morrendo de saudades suas e... – Pelo tanto que conheço Miley, previ que ela iria chorar.
Demi – Eu também estou morrendo de saudades sua! – Sentei no sofá ao lado dela e a abracei de lado.
Miley – Ai Demi! – Ela disse se afastando e limpando as lágrimas com a manga da jaqueta. – Você faz falta garota... A cada dia que passava dava vontade de ir lá naquela clínica e te raptar pra mim! – A cada gesto que Miley fazia era como se alguém estivesse batendo na minha cabeça e dizendo “Olá! Tem alguém aí? Acorda! Ela se importa com você!”. – DEMETRIA! – Miley me encarava e me balançava. – Meu Deus Demi! Por que estava me olhando daquela maneira? Acorda para vida! – Ela riu.
Demi – Ai me desculpa Miley! Você chegou aqui e eu reconheço que não tenho te tratado muito bem, por que eu devia, já que você é a única amiga que realmente se importou comigo desde que sai da clínica e nossa! – Acabei ficando nervosa e simplesmente despejei as palavras num toque, eu não tinha nem parado para respirar, meus pulmões ardiam em busca de ar.
Miley – Ai Demi, calma! Assim você até me deixa nervosa! – Ela levou sua mão até meu queixo fazendo com que eu a olhasse. – E é óbvio que eu te desculpo mesmo você não fazendo nada de mais. – Sorri para ela e notei seu celular vibrar, que logo foi checar o mesmo. – Vou ter que ir, tenho compromisso agora com o meu gatinho, só vim por que precisava te ver, não estava aguentando mais!
Demi – Claro tudo bem! – Disse levando-a até a porta. – E depois quero saber direitinho essa história de “gatinho” dona Miley!
Miley – Ok! – Ela riu. – Depois te ligo para marcar alguma coisa pode ser? Talvez uma ida até o shopping, enfim, te ligo! E manda um beijo para a tia Di e todo mundo aí!

Despedimos-nos e eu estava tão exausta que meu corpo parecia pesar uma tonelada, me deitei sobre o sofá da sala, que por sinal era muito confortável, liguei a televisão e depois de muito procurar achei um filme legal para assistir, e ao mesmo tempo em que assistia eu atualizava meu twitter e ficava cada vez mais apaixonada pelos meus fãs, como é possível eu ser uma pessoa tão amada dessa forma? Eu nunca imaginei que pudesse ser capaz de conquistar tantos jovens.
Eu estava tão entretida com o celular que mal vi que o filme havia acabado e estava passando uma propaganda com uma música que eu tinha certeza de que conhecia, e é claro, era See No More do Joe, e estava anunciando a turnê FastLife, imediatamente fiquei orgulhosa por ele ter realizado um de seus sonhos de artista solo. Eu estava atenta olhando a propaganda quando notei o som da porta se fechando. Dallas tinha acabado de chegar.

Dallas – Hmm... Joe, Demetria? – Ela me olhou desconfiada e eu bufei. – Não me olha com essa cara, quer conversar?
Demi – Quero! Quero saber onde a senhorita andava? – Tentei desviar o assunto.
Dallas – Isso... Isso não é da sua conta! – Ela veio até mim rebolando.
Demi – Mas o que? Não é da minha conta? Pode deixar Dallas, vou me lembrar disso! – Me fiz de magoada.
Dallas – Pode parando Demi! – Ela afastou minhas pernas do sofá e se sentou, colocando minhas pernas apoiada nas dela. – Quer conversar ou não? Reconheço essa carinha de menina boba quando você estava olhando o comercial.
Demi – Que implicância vocês tem comigo! Meu Deus, isso cansa viu? – Me concentrei em trocar de canal na televisão.
Dallas – Não é implicância Demi, é a realidade! – Ela me balançou para que prestasse atenção nela, mas eu não queria. – Vai dizer que você não gosta mais do Joe? E já viu como ele tá um gato? Nossa! – A olhei incrédula.
Demi – Dallas ele me magoou! Você deveria me defender dele e não me arrastar para ele.
Dallas – Eu seeei Demi! Mas todo mundo erra, qual é, vocês foram o casal mais lindo que eu já vi! Nem eu e o Mike somos tudo isso! – Opa! Mike?
Demi – MIKE? – Soltei uma risada muito alta. – Você está saindo com o meu guitarrista? Não me diga Dallas! – Me contorci no sofá de tanto rir.
Dallas – Tá e qual o problema? – Ela me olhou ofendida.
Demi – Nenhum, só estou surpresa! – Disse me recompondo.
Dallas – Ok Demetria, tudo bem! Quando estiver precisando de uma irmã para conversar, eu não vou estar aqui. – Olha o dramalhão...
Demi – Volta aquiiiiiii! – Tentei puxá-la pelo braço e a fiz cair, e eu cai junto.
Dallas – Você ainda me quebra um osso Demi! Sai de cima! – Ela gritou me empurrando.
Dianna – O que tá acontecendo aqui? – Disse mamãe que descia as escadas com Eddie.
Dallas – Essa louca não gosta de ouvir as verdades e sai empurrando todo mundo!
Demi – Que mentirosa! O problema é que essa família toda está encalhada no Joseph Adam Jonas, e estou CHEIA disso! – Eu estava visivelmente irritada.

Peguei meus sapatos e celular, me recompus e sai porta a fora, eu estava possuída, mas será possível que o assunto Jonas vai ficar me perseguindo pelo resto da minha vida?  
Fui até minha casa e entrei no banho para esfriar a cabeça, um banho relaxante. Após sair coloquei meu pijama e notei meu notebook em cima da escrivaninha, desde que havia chegado em casa eu não tinha o ligado, e foi exatamente o que eu fiz. Peguei o notebook e sentei-me com ele em minha cama, foi tão bom rever todos os meus documentos, músicas que costumava escutar todos os dias e fotos, minhas fotos mais loucas impossíveis, entrei no Skype e passei para meus contatos online o meu novo número de celular, mas só para aqueles que realmente me interessavam, atualizei minhas redes sociais e exclui algumas pessoas do mesmo. Eu estava passando músicas e fotos para o meu celular quando notei a porta se abrindo, era Eddie.

Eddie – Já vai dormir? – Ele deu duas batidinhas na porta. – Posso entrar? – Ele riu abafado.
Demi – Claro que pode papai, vou dormir só mais tarde!
Eddie – Certo... – Ele disse se sentando na cama em minha frente. – Queria conversar com você.
Demi – Pode falar! – Disse desligando o notebook e voltando minha atenção a ele.
Eddie – Você acha que já esta preparada para encarar o mundo aí fora? Se é que me entende... – Ele me pegou de surpresa.
Demi – Eu... Eu não sei. – Disse afastando os fios de cabelo do meu rosto.
Eddie – Sei que tem medo de como as pessoas possam te tratar, mas saiba que você não pode ficar trancada em casa por muito tempo Demi, seus fãs precisam de você.
Demi – Você tem razão. Mas e se não der certo? Pai, eu... – Fui interrompida.
Eddie – Não importa o que aconteça se der certo ou não, nós, sua família e seus amigos estão do teu lado sempre e para o que precisar! – Ele disse me puxando para seu lado iniciando um abraço.
Demi – Por um lado eu estou muito ansiosa para isso tudo, mas por outro não...
Eddie – Imagino como deve estar se sentindo, mas te dou o tempo que precisar para pensar bem na ideia. – Ele disse se afastando.
Demi – Tudo bem pai, obrigado! – Sorri de canto.

Eddie me beijou na testa e foi embora, me deixando ali sozinha só eu e meus pensamentos, me joguei na cama e observei as estrelinhas coladas no teto, o que eu faria agora? Estou muito ansiosa para começar a trabalhar na função de músicas e CDs, turnês, só de imaginar eu ficava feliz, pois eu sempre gostei disso tudo, e agora estava amando, pois eu estava saudável e nas medidas certas, e tenho certeza que tudo ocorreria muito bem, porém eu havia saído da reabilitação há dois dias, acho melhor eu descansar e ficar vegetando por essas ruas maravilhosas de Los Angeles sem ter com o que me preocupar.
Estava no mundo da lua, como sempre, pensando no que faria no dia seguinte quando meu celular tocou e era um número desconhecido, resolvi atender.

Demi – Alô? Quem é?
XxXx – Oiiii Demi! Que saudades mulher! – Eu conhecia essa voz, mas não tinha reconhecido ainda quem era a dona dela.
Demi – Quem é? – Eu soltei uma risada de leve.
XxXx  – Como assim Lovato? Não sabe quem é? Sou eu, Hanna Beth sua louca! – Agora estava explicado, era a Hanna, só podia ser para falar desse jeito desengonçada, eu ri da expressão dela.
Demi – Só podia não é! – Eu ri. – Como conseguiu meu número novo?
Hanna – Skype, você divulgou ele lá srt. Lerda!
Demi – Ouch! É mesmo, eu esqueci! Mas tá tudo bem contigo?
Hanna – Está sim, e com você? Ai amiga temos tanto papo para pôr em dia, você nem sabe das novidades!
Demi – Estou melhor do que nunca! Mas conta aí, quais as novidades?

Fiquei conversando com Hanna até uma da madrugada, ela me contou coisas incríveis como uma campanha que ela participa chamada Sober Is Sexy, que compartilha com as pessoas a ideia de ser sexy e ao mesmo tempo sóbria, eu adorei, e ela ainda me convidou para participar desse “grupo”. Combinamos de sair no dia seguinte, pois ainda tínhamos muito mais para conversar, segundo ela. Fiquei tão feliz de poder falar novamente com Hanna, era incrível a maneira de como ela era louca e me divertia, mas não posso me esquecer de que tenho que tomar cuidado ao lado dela, algumas de suas ideias são meio fora da casinha, porém tentadoras.
Adormeci tranquila e ansiosa para o dia seguinte, com certeza muitas novidades estão por vir.
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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Never Had A Love - 2º Capítulo.

Demi – Mas Joe, não podemos manter em segredo?
Joe – Claro, podemos sim meu amor. – Ele colocou uma mecha do meu cabelo por trás da orelha. – Eu faço tudo por você, eu te amo. – Ele selou nossos lábios, finalmente, e logo pediu passagem com a língua e eu concedi. Nos beijamos por um tempo até sermos interrompidos.
Nick – O que está acontecendo aqui? – Ele nos olhava confuso fazendo com que eu e Joe nos separássemos rapidamente.
Demi – NICK! – Abri os olhos com dificuldade por estarem colados pelas lágrimas, eu estava assustada.

Tinha sido apenas um sonho, e eu não faço ideia por que ainda sonho tanto com Joe, eu já o esqueci, disso tenho certeza, ou não? Na verdade, ultimamente eu não tenho tido certeza de muita coisa, só que eu quero viver intensamente e aproveitar cada minuto da minha vida com as pessoas que realmente se importam comigo.
Decidi levantar para tomar água e peguei meu celular para ver a hora, eram 7 da manhã e eu havia recebido uma nova mensagem.

Me desculpe não poder falar com você aquela hora. Me ligue antes do meio dia para talvez, marcarmos algum encontro, que tal? Aguardo resposta, bjx. Selly Gomez.

Joguei o celular no sofá e fui até a micro cozinha buscar um copo d’água e logo me joguei no sofá, onde fiquei futricando no celular por um tempo até ouvir Madison gritando com minha mãe no portão de casa sobre não querer colocar tal casaco, aquilo foi engraçado por que me fez lembrar de quando essas coisas aconteciam comigo.
Estava de pijama ainda, porém fui até a porta de minha casa e me apoiei ali, assistindo a todo aquele drama de Maddie, até que finalmente, minha mãe cansou de insistir a ela para colocar o casaco, e Maddie foi para a escola. Mamãe ia entrando em casa, quando a chamei.

Demi – Hey!
Dianna – Bom dia filha, acordou tão cedo! – Disse vindo em minha direção.
Demi – Bom dia. – Sorri sem ânimo algum a acompanhando para dentro de casa.
Dianna – O que foi filha? Estou te achando tão pra baixo. – Pra baixo era a expressão que ela usava para dizer que eu estava triste, mas eu só estava confusa. Será que conto para ela sobre o meu sonho? Melhor não.
Demi – Nada demais, só recebi uma mensagem da Selena, ela quer se encontrar comigo e... – Ela me interrompeu.
Dianna – E que você vai se encontrar com ela! É uma chance de vocês retomarem tanto tempo perdido, vocês se afastaram uma da outra e eu sinto falta das minhas jujubinhas correndo pelo meu pátio.
Demi – É que... Mãe... – Mas será possível? Ela me interrompeu novamente!
Dianna – São anos de amizade Demi, anos! E você vai deixar-se jogar tudo no lixo por uma bobagem filha?
Demi – Quer saber? Você tem razão! Não vou jogar tudo no lixo, vou ligar para ela, obrigado mãe!

Minha mãe sorriu e logo depois me deixou sozinha, peguei o celular e liguei imediatamente para Selena.

Demi – Alô? É a Selena?
Selena – Oi Demi, sou eu!
Demi – Então, tudo bem? Você pediu para eu te ligar para marcarmos alguma coisa... – Estava nervosa.
Selena – Tudo sim! Ah claro, então, o que acha de irmos à Starbucks de tarde?
Demi – Acho ótimo, que horas mais ou menos?
Selena – Ah... Espera um minutinho! – Depois de um tempinho... – Que tal as 5?
Demi – Perfeito, até mais então!
Selena – Até, beijos...

Desliguei o telefone, mas curiosa, notei a voz de Selena um pouco apressada ao telefone, talvez seja a correria do dia-a-dia, até tinha me esquecido que agora ela tinha uma vida agitada, fãs, música, filmes, e o namorado, Justin. Só espero que ela não tenha me esquecido no meio disso tudo.
Depois de comer uma maçã, entrei debaixo do chuveiro, e fiquei pensando nas mesmas coisas de sempre, na minha vida daqui em diante, eu meio que via esse assunto como um pesadelo, medo do que vem pela frente, mas eu tenho que ser forte e encarar todas essas coisas, ser um exemplo de superação, essa é a minha meta. Imediatamente fiquei feliz de pensar que eu posso ser capaz de inspirar milhões de corações no mundo todo, mamãe e papai já me haviam dito que nas redes sociais eu era um exemplo, uma guerreira.
Sai do chuveiro enrolada numa toalha a caminho de meu quarto.

Demi – QUE ISSO? Uma assombração? – Disse pasma, assustada e de olhos arregalados, o que diabos Joe estava fazendo ali?
Joe – Ahn, desculpa, eu posso voltar outra hora! – Ele disse apontando com o polegar para a porta. Eu o fitei por um tempo, mas logo me despertei de meu devaneio.
Demi – Não! Espera na sala, eu me troco rapidinho e já falo com você ok? Você não dirigiu até aqui para nada. – Não deixei ele responder e fui logo o empurrando para fora do meu quarto.

Eu estava nervosa, o que ele quer comigo? Ele me viu de toalha! Quem o deixou entrar? Oh meu Deus! Vesti uma calça legging preta com uma ankle boot sem salto preta com tachinhas, uma regata e uma jaqueta por cima. Respirei fundo e abri a porta do quarto e vi que ele observava meus porta-retratos em cima do balcão.

Demi – Hey!
Joe – O-o-i! – Acabei o assustando e ele deixou cair meu porta retrato no chão.
Demi – Ai, me desculpa eu te assustei! – Disse enquanto juntava os pedaços do porta retrato do chão.
Joe – Eu que peço desculpas, é, me desculpa! – Ele disse aflito, percebi que estava nervoso.
Demi – Então, sente-se, quer tomar ou comer alguma coisa? – Tentei parecer o menos nervosa possível, mas por dentro eu estava explodindo, quero saber logo o que ele quer comigo.
Joe – Não, obrigado! Estou bem aqui.
Demi – Ok então. – Sorri de leve e sentei-me ao lado dele no sofá, e fiquei o observando, na esperança de que ele falasse alguma coisa, mas ele apenas observava o ambiente, não entendi, parecia que ele nunca tivesse vindo na minha casa antes.
Joe – Ahhh! – Acho que ele finalmente, se tocou. – Eu... Preciso... Ir... Só queria saber se... Se você estava... Bem! – Ele disse pausadamente, e quando notei, ele já havia saído porta a fora. O que foi isso? Alguém pode me explicar?

Sai correndo pela porta com esperança de que ele ainda estivesse no pátio, mas não tinha mais nenhum Joseph por ali. Notei minha mãe na porta da casa dela, andei até lá atravessando as mil e umas folhagens que minha mãe cultivava no pátio.

Dianna – O que houve lá dentro? Vi Joe sair apressado!
Demi – Ãh, eu não sei! Ele… Ele disse o que queria? Foi você que o deixou entrar? – Disse a encarando.
Dianna – Sim, eu achei que não tinha problema, alias, ele é seu ex namorado e melhor amigo, não?
Demi – Mas… Tá, deixa! Ele disse o que queria?
Dianna – Não, só me falou que precisava conversar com você! O que ele queria hein? – Perguntou interessada.
Demi – Não sei, ele estava nervoso, acabou não falando nada e saiu. – Acompanhei minha mãe até dentro de casa. – Muito estranho.
Dianna – Você podia ligar para ele e…
Demi – Não mãe! Esquece! Sei que você gosta do Joe, mas acabou! “Nós” não existimos mais! – Fiz questão de destacar o “nós”.
Dianna – Tudo bem… – Senti que ela ficou triste. Não deveria ter gritado com ela, mas ela realmente me estressa quando tenta formar casaisinhos, ainda mais comigo.
Demi – Me desculpa mãe, não deveria ter gritado com você. – Coloquei a mão sobre o ombro dela.
Dianna – Não filha, eu que lhe peço desculpas, é essa minha mania feia, você sabe que não é proposital, eu apenas... Gosto do Joe!
Demi – Ok, mas… Não existe mais, ok? Pode aceitar isso? – Falei com toda a calma possível, não queria parecer grosseira.
Dianna – Claro! É… E a Selena? – Ela mudou de assunto, ainda bem.
Demi – Combinei de sair com ela mais tarde.
Dianna – Que bom filha! – Nesse exato momento, surge Dallas nos dando um susto.
Demi – Quer me matar do coração Dallas? Pelo amor de Deus! – A encarei com a mão no peito.
Dallas – E aí quer dar uma volta no shopping?
Demi – Sabe é que…
Dallas – NÃO, NÃO E NÃO DEMETRIA! VOCÊ VAI! – Que mania de Dallas, gritar para tudo, credo!
Dianna – Tudo bem desde que voltem para o almoço! – Ela disse concentrada na televisão.
Dallas – Mas é óbvio, são 8 horas da manhã, não vamos ficar o dia todo no shopping! – Ela disse como se fosse óbvio.
Dianna – De você eu não duvido nada dona Dallas! Antes do almoço, certo? – Ela nos olhou brava.
Dallas – Certo! – Ela deu uns pulinhos e em seguida me olhou dos pés a cabeça.
Demi – O que foi?
Dallas – Você se arruma como se fosse ao shopping todos os dias! – Aquilo foi um elogio?
Demi – Isso quer dizer que…?
Dallas – Que você não precisa trocar de roupa, vamos gata! – A Dallas me assustava de uma forma que eu não conseguia nem respondê-la na maioria das vezes. Ela foi me puxando até o carro.
Demi – Mas Dallas, eu preciso pegar meu telefone!
Dallas – Ai tá bom, vai logo! – Fui correndo e num piscar de olhos já estava ali novamente. – Nossa, a reabilitação te deixou mais rápida ou é impressão minha?
Demi – Impressão sua! – Nos acomodamos no carro e logo já estávamos no shopping.

Resumindo, meu dia foi bem legal e diferente do que eu estava acostumada, eu e Dallas, passamos o dia no shopping por que ela insistiu a mamãe no telefone para ficarmos até mais tarde, almoçamos no McDonalds e ficamos comprando até as 4 e meia, comprei umas roupas mais vintages, iria refazer o meu guarda roupa que parecia um funeral de tantas roupas pretas, mas nunca que eu vou jogá-las fora.

Demi – Dallas você pode me deixar aqui no Starbucks?
Dallas – Claro! Vai encontrar com a Selenita? – Selenita era como Dallas costumava chamar Selena.
Demi – Que feio ouvir a conversa dos outros! – Mostrei a lingual para ela que me retribuiu com uma cara feia.

Faltavam 3 minutos para as 5 horas da tarde e eu estava sentada em uma mesa na parte descoberta da Starbucks, quando de repente noto um carro preto, grande e muito bonito, e de lá saiu Selena, provavelmente era o Justin que dirigia, pois notei ela se espichando por dentro do carro e dando um beijo no motorista.
Selena parecia uma boneca de pano, ela havia emagrecido e crescido, estava alta, e quando notei ela vinha em minha direção, sorrindo.

Selena – Oh meu Deus, Demi! Que saudades! – Me levantei para abraçá-la.
Demi – Selena! Awn você está chorando? – Afastei o abraço e nos sentamos.
Selena – Bobagem minha! – Ela riu. – E então, como você tá?

Ficamos até as 7 horas conversando que nem loucas e lembrando do passado, e combinamos de ligarmos uma para a outra, nossa, que saudades da Selena, agora só me faltava ligar para Miley, necessito vê-la.
Estava a caminho de casa, que ficava muito perto da Starbucks, então fui a pé, mesmo correndo o risco de ter algum paparazzi maníaco me perseguindo, e foi bem isso que aconteceu.
Paparazzi – Olá Demi, boa tarde! Como você está? Seus fãs te amam! – Ele disse enquanto tirava fotos, o ignorei ao máximo mas não consegui esconder o sorriso quando ele disse que meus fãs me amam, eu estava louca para ter algum contato com eles novamente.
Paparazzi – Demi, Demi! Você está bem? – Ele tirava mais algumas fotos.
Demi – Estou ótima, obrigada! – E finalmente cheguei em casa, com um sorriso de orelha à orelha.
Dianna – Finalmente filha, onde você estava?
Demi – Fui me encontrar com a Selena, lembra?
Dianna – Ah, e essa carinha aí?
Demi – Um paparazzi me encontrou e disse que meus fãs me amam, isso me deixou tão... – Fui interrompida.
XxXx – Feliz?
Demi – OH MEU DEUS!
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sábado, 14 de julho de 2012

Never Had A Love - 1º Capítulo.

E finalmente, eu estava indo embora desta prisão, Timberline Knolls, um lugar que eu não pretendo voltar tão cedo. Eu não consigo decifrar exatamente o que estava sentindo no momento, mas uma coisa que sei, é que estava morrendo de medo. E como as pessoas vão me tratar a partir daqui? Como uma louca? Só de ter cogitado essas possibilidades, comecei a tremer e a suar frio. Eu estava nervosa, muito nervosa. Sentei-me naquela estreita cama de solteiro e a explorei com minhas mãos, por um lado, doía ter que me despedir daquele lugar, já tinha me adaptado tanto às pessoas, ao tratamento, a tudo, e agora teria que sair do meu esconderijo, teria que me mostrar ao mundo novamente, aparecer entre as telinhas, como dizia a mãe de Selena. Ah, Mandy, como eu estava com saudades de vê-la, saudades de seus conselhos e principalmente de seus abraços acolhedores. Estava com saudades de tanta gente que até já havia perdido a conta. Em meio meu devaneio, fui desperta pelo meu relógio de pulso que apitava avisando que já eram 11 horas. Droga. Daqui a pouco minha família estaria aqui para me buscar, e tenho que terminar de arrumar minhas trouxas.
Terminei de arrumar minhas coisas e quando estava fechando minha mala, notei a porta se abrir e era ela, tão esbelta, tão minha, tão Dallas. A observei dos pés a cabeça e minha única reação foram levar as mãos até a boca, eu estava tão, tão maravilhada de vê-la. Ela correu até mim com um sorriso no rosto e me abraçou bem apertado, senti tantas saudades dela que nem parecia que eu havia ficado apenas três meses longe dela, e sim, anos! E não só dela, de toda a minha família, que me arrependo tanto de tê-los tratado mal no passado, mas tudo o que quero agora é passar um tempo com eles para me redimir de todos os meus erros.
Partimos o abraço e tanto eu quanto Dallas, não conseguia conter o sorriso.

Dallas – Vamos girl, estão todos lá fora te esperando!
Demi – O que? Todos tipo quem? – A encarei assustada, como assim “todos”?
Dallas – Você vai ver, agora vêm! – Ela disse me puxando pelo braço e me ajudando com uma mala, ok, agora eu estava ficando nervosa, e novamente, tremendo.
Dallas – Que isso Demi? Você está tremendo? – Ela me olhou debochada.
Demi – A... Acho que não estou totalmente preparada para isso.
Dallas – Para de bobagem, é só a sua família Dem! – Ela continuou me puxando.

Fui arrastada até a sala de recepção, onde pude encontrar a Srt. Bette conversando com meus pais junto ao Sr. Louis. Os dois eram os fundadores da Timberline Knolls e antes que reparassem nossa presença ali, falavam sobre como estavam orgulhosos de minhas melhorias. Eu teria ouvido mais coisas se Dallas não resolvesse gritar, assustando todos que ali estavam.

Dallas – CHEGAMOS! – Disse ela sorrindo, que fez com que minha mãe imediatamente se virasse correndo para me abraçar.
Demi – Mãe! – A abracei também, por mais que tenha visto ela e papai no sábado passado, pois eles têm o direito de vir me visitar a cada final de semana.
Eddie – Filha! Sentimos sua falta! – Papai me olhava com os olhos brilhando, parti o abraço entre minha mãe e corri para abraçá-lo também.
Demi – Qual é pai! Você me viu sábado passado seu bobo! – Parti o abraço e o convidei para fazermos nosso famoso comprimento de mãos, eu adoro aquilo!
Eddie – Não falo especialmente de nós... – Ele apontou para o sofá, e dali surgiu a minha pequena Madison, de que mais senti falta. Não consegui conter as lágrimas, apenas me ajoelhei chorando e com as mãos no rosto.
Maddie – Demi, não chora eu estou aqui! – Disse ela ajudando a me recompor, e logo depois, me abraçando.
Demi – Você não faz ideia do quanto senti sua falta pequena! – Disse em tom abafado sobre o ombro dela. – Quer dizer, agora você não é mais a minha pequena, olha só o seu tamanho, como pôde crescer tanto em três meses? – Peguei na mão dela para observá-la.
Maddie – Nada a ver Demi! E da mesma forma, quero que me chame de pequena, eu gosto! – Ela fez aquela cara de decidida, que saudade daquilo.
Demi – Ok, pode deixar! E eu prometo que daqui para frente não vou te deixar nunca mais, certo?
Maddie – Certo!
Dianna – Sinto muito estragar o momento entre irmãs, mas precisamos ir garotas, temos o resto da família para ver hoje! – Queria poder fugir desse encontro, sério.

Despedi-me do pessoal da clínica segurando o choro e agradecendo repetidas vezes por tudo, por terem me acolhido e me ajudado tanto a superar meus problemas, eu realmente não sei o que seria sem eles.
Pegamos o avião para Los Angeles, CA e em menos de 1 hora estávamos em minha casa, quando o motorista estacionou o carro em frente a nossa casa, só consegui sentir minha barriga embrulhando e as mãos frias, estava curiosa para saber quem da minha família estava por minha espera.

Demi – Quem está lá dentro?
Eddie – Ora Demi, ninguém! – Disse enquanto encaixava a chave na fechadura da porta de casa.
Demi – Mamãe disse na clínica que tínhamos alguns familiares para ver hoje. – Eu estava intrigada, eles estavam mentindo? Eddie já havia aberto a porta, e eu fiquei simplesmente encantada quando entrei, senti falta de tudo, do sofá, da tevê, dos quadros, do cheirinho, meu Deus, parece que faz uma eternidade que não vinha naquela casa.
Dianna – Só falei por falar Demi, mas acho que sua avó vem aqui mais tarde!
Demi – Ah ok! – Eu ainda estava admirando cada metro, cada parede daquela casa, quando minha mãe gritou nos meus ouvidos.
Dianna – BRINNA! Preparou o almoço? – Brinna? Mas que Brinna? O... Oh meu Deus, Brinna, oh meu Deus, quanto tempo!
Demi – O QUE? BRINNA? OH MEU DEUS! – Pulei nos braços dela logo que a vi se aproximando da sala.
Brinna – Meu Deus! Que saudades de você srt. Encrenca! – Encrenca era como ela me chamava quando tinha uns 10 anos! Brinna era nossa empregada, ela sempre trabalhou em nossa casa e foi de muita confiança, ainda é, mas há um ano ela pediu demissão por algum motivo, e agora está de volta, que saudades, ela praticamente me criou!
Demi – Achei que nunca mais ia ver você, estou com muitas saudades também!
Brinna – Eu não aguentei ficar longe dessa família, eu amo isso aqui, essa é a verdade! – Ela disse com um brilho nos olhos.
Dianna – Ok, ok, ok! – Mamãe ria de todo o nosso escândalo. – O que temos para o cardápio?
Brinna – Fiz um cardápio simples hoje, mas espero que gostem! Com licença... – Ela disse se retirando, voltando para a cozinha.
Demi – Como é bom estar em casa novamente! – Imediatamente me atirei no sofá.
Dianna – É! Mas agora vamos já comer! – Ela me atacou fazendo cosquinhas em minha barriga, o que me fez quase morrer de rir, literalmente.
Demi – Tá, chega! – Disse em meio de risos ainda, e minha mãe fez questão de dar um tapa em minha bunda. – Hey mãe! Sério! Já deu!
Dianna – Ok mocinha, mas e aí, já decidiu onde vai ficar?
Demi – O quê? – Como assim aonde eu vou ficar?
Dianna – Se vai decidir ficar aqui conosco ou na outra casa, a sua, no caso... – Agora que eu tinha me lembrado de lá, eu morava lá antes, e acho que vou continuar lá, é tão bebê, é tão eu.
Demi – Espero que não se importe mãe, mas gostaria de ficar em minha casa.
Dianna – Tudo bem filha... Mas saiba que se quiser mudar de ideia, tem um quarto sobrando! – Senti a desanimação de minha mãe com a minha escolha.
Eddie – Imaginei que quisesse ficar na sua casa, então deixei suas malas lá. – Entrou Eddie em casa, aparentando estar exausto.
Demi – Oh me desculpe, me esqueci desses detalhes, eu deveria ter ajudado o senhor!
Eddie – Que isso Demi, não precisou!

Passado alguns minutos que conversávamos na sala, Brinna chamou a todos dizendo que o almoço estava servido por mais que aquilo para mim fosse considerado como um café da tarde, pois já eram quase 3 horas da tarde, e na clínica eu costumava almoçar meio dia em ponto.
O almoço foi bem agradável, melhor do que pensava, fiquei feliz por Brinna ter me respeitado quanto ter acabado de sair de uma clínica de reabilitação onde tratei problemas como distúrbio alimentar e ter me servido exatamente como imaginava, pois fiquei receosa quanto ela me servir muita comida, eu ainda não estava preparada para comer muita coisa.
O resto da tarde foi um dos melhores, nunca pensei que fosse tão divertido passar um dia inteiro com a minha família, e espero que seja sempre assim de agora em diante. Resumindo, ficamos todos (Eu, Maddie, Dallas, Dianna e Eddie) assistindo filmes na sala, onde nos cobrimos com cobertores e travesseiro, que resultou numa guerra entre eu e Dallas sobre quem ficaria com Chris Hemsworth, estávamos assistindo Thor.
Passado algum tempo, eram 7 e meia da tarde, já estava escuro na rua e eu e minha mãe arrumávamos minhas coisas em minha casa.

Dianna – Tem certeza que vai ficar bem aqui? – Disse com um ar de preocupação.
Demi – Claro que tenho mãe, sempre morei muito bem aqui!
Dianna – É, mas agora as coisas estão diferentes...
Demi – Mãe! Você sabe que qualquer problema eu vou chamar vocês, que por sinal estão morando aqui pertinho. – Estávamos sentadas em minha cama.
Dianna – Você jura?
Demi – Eu juro! E ainda mais agora, quero passar um tempo pertinho da minha família! – A abracei de lado.
Dianna – Ok! Ah, tenho um presente para você! – Ela disse como se tivesse acabado de lembrar.
Demi – Hmmmm, dona Dianna... – Disse desconfiada, até que ela tirou de dentro do meu roupeiro, um iPhone 4S preto, tão lindo. – Oh, mãe, obrigada, não precisava!
Dianna – Claro que precisava aquele seu Black Berry já está fora de moda! – Ela disse enquanto eu tirava o celular da caixa.
Demi – Obrigado mãe! – A abracei.
Dianna – De nada filha, e agora você vai poder ligar para suas amigas, deve estar com saudade delas!
Demi – OH SELENA, VOU LIGAR AGORA! – Disquei o número de Selena, eu sabia de cor, que saudades que estava dela, a ultima vez que nos falamos foi no segundo dia em que estava na clínica. Minha mãe estava escorada na porta me observando ligar para Selena.

Selena – Alô? Quem fala? – Ouvi uns gritinhos no fundo da conversa.
Demi – OI SELENA É A DEMI! – Falei gritando de tão animada que eu estava.
Selena – Demi? Demi Lovato?
Demi – Isso mesmo! Estou com tantas saudades de vo... – Fui interrompida por alguém que gritava o nome de Selena inúmeras vezes.
Selena – Calma Taylor eu já vou! Enfim, Demi eu não posso falar agora, estou com saudades de você, vou gravar seu número aqui e te ligo amanhã, até! – Ela falou como se eu fosse uma pessoa qualquer, como se fosse um trote, mas não, era eu.

Desliguei o telefone e olhei incrédula para minha mãe.
Dianna – O que houve filha?
Demi – Você acredita que ela estava com a Taylor, falou seca comigo, e disse que não podia conversar. – Eu estava com raiva.
Dianna – Ah, sinto muito filha, com certeza amanhã você consegue falar com ela.
Demi – Eu não sei mais o que eu faço. Acho que perdi a minha Selena para Taylor. – Uma lágrima insistiu em cair.
Dianna – Não chora filha, Selena é uma boa garota, ela não te trocaria por ninguém depois de anos de amizade. – Ela secou minhas lágrimas.
Demi – Obrigada mãe, mas não quero falar sobre isso. – Cossei os olhos, estava cansada. – A vovó não iria vir aqui hoje?
Dianna – O voo foi cancelado devido a chuva que estava em Dallas, mas ela disse que quando conseguir ela vem.
Demi – Ah, tudo bem! – Olhei no relógio e eram 9 e meia da noite, como o tempo passa rápido. – Acho que já vou dormir...
Dianna – Ok vou te deixar sozinha então para matar a saudade daqui. – Ela sorriu e veio até mim, beijando o topo de minha cabeça e me deixando sozinha no quarto.

Vesti um pijama bem confortável, e quando estava prestes a deitar, Maddie entrou em meu quarto para me dar boa noite e quando saiu eu me atirei naquela cama. Eu até já tinha esquecido o quão confortável ela era, fiquei deitada durante um tempo pensando na minha vida de agora em diante, e logo depois, apaguei. (Não esqueça de marcar se você leu este post!)